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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

NOTA DE REPÚDIO


A diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) vem por meio deste repudiar a atitude de servidor público ao aplicar processo judicial contra o jornalista, editor-chefe do site Folha MS, Érik Silva, por ter revelado o super salário de ocupante do cargo de contador na Câmara de Vereadores de Corumbá, município distante 426 km de Campo Grande.

Baseado em dados colhidos diretamente no Portal da Transparência, o jornalista chegou à informação de que o profissional lotado no órgão Legislativo recebeu em março vencimentos de “nada mais nada menos do que R$45.769,87”. Por causa da reportagem (veja aqui), publicada em 21 de abril, o comunicador está sendo processado por calúnia, injúria e difamação.

O Sindjor-MS compreende que o jornalista não descumpriu o Código de Ética do Jornalistas Brasileiros ao dar publicidade a este fato, inclusive, honrou com o disposto no parágrafo II do artigo 6º que põe como dever do jornalista a divulgação de fatos e informações de interesse público.

Levando em conta que o jornalista se baseou em informações públicas para embasar o material, a tentativa de puni-lo e intimidá-lo põe em risco o direito de acesso à informação de relevante interesse público que, conforme o artigo 2º do Código de Ética do Jornalistas, é um direito fundamental dos profissionais, não podendo admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão por que, conforme o parágrafo IV, “a prestação de informações pelas organizações públicas e privadas, incluindo as não governamentais, é uma obrigação social”.

O sindicato não admitirá que profissionais sejam intimidados e injustiçados no exercício da profissão. Por isto, a entidade se solidariza com a situação do jornalista e se coloca a disposição para dar todo apoio necessário.

A Diretoria

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