Em reunião de diretoria na noite desta quinta-feira (6), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor/MS) decidiu abrir interlocução com o movimento sindical e com setores da sociedade civil organizada com a intenção de pressionar as autoridades competentes para a tomada de medidas mais enérgicas de restrição da movimentação de pessoas em Campo Grande.
Os profissionais da imprensa demonstram preocupação com o aumento do contágio da COVID-19 na capital. Segundo Walter Gonçalves Filho, presidente do Sindjor/MS, “são necessárias providências urgentes em relação ao enfrentamento do coronavírus, por isso todo o nosso apoio à Ação Civil impetrada pela Defensoria Pública que exige da prefeitura o fechamento do comércio e dos serviços”.
No entanto, o Sindjor/MS salienta a necessidade urgente de medidas de apoio do governo, tanto na esfera municipal, quanto estadual e federal, aos pequenos negócios e trabalhadores informais, grupos mais afetados economicamente com a pandemia. Sem poder abrir as portas, pequenos comerciantes têm enfrentado inúmeras dificuldades, e os benefícios e linhas de financiamento concedidos hoje não chegam a todos que precisam.
Além disso, trabalhadores também sofrem com os impactos da crise. Só na nossa categoria, cerca de 4 mil jornalistas tiveram redução de salário e de jornada durante a pandemia, de acordo com levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Segundo o estudo, nas bases de 16 Sindicatos do país, outros 81 jornalistas tiveram seus contratos de trabalho suspensos e 205 foram demitidos.
O Sindjor/MS entende que todos esses dados são alarmantes, por isso, tanto o "lockdown" para conter a disseminação do vírus, bem como a adoção de medidas mais abrangentes de ajuda econômica para mitigar os efeitos da crise e, assim, possibilitar que pequenos empresários e trabalhadores possam continuar em casa durante este período, são indispensáveis neste momento.
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