O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) protocolou, nesta terça-feira (8), representação junto ao Ministério Público Estadual (MPMS) e ao Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF) contra as agressões à imprensa realizadas durante os atos antidemocráticos realizados por grupos bolsonaristas que não concordam com o resultado das eleições presidenciais.
A entrega foi realizada com a participação de jornalistas de diversos veículos de comunicação, além de representantes das entidades signatárias do documento e da sociedade civil organizada.
Na representação, as entidades cobram que ambas instituições tomem medidas para desbloquear as vias obstruídas pelos manifestantes. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram registrados oito pontos de bloqueio em Mato Grosso do Sul, além da interdição, ora total, ora parcial, da avenida Duque de Caxias, em Campo Grande, onde está localizada a sede do Comando Militar do Oeste (CMO), e dá acesso ao principal aeroporto do estado.
Na véspera do protocolo da representação, o Sindjor/MS recebeu diversos vídeos que mostram repórteres, cinegrafistas e auxiliares recebidos aos gritos, com palavras de baixo calão, ao tentarem fazer a cobertura deste atos. Os registros em vídeo que, até o momento, foram apresentados ao sindicato, apresentam equipes do SBT MS, TV Guanandi (Band), e dos sites Campo Grande News e TopMídia News sendo hostilizados pelos manifestantes.
“Eles não aceitam que perderam, não aceitam a democracia, não respeitam a Constituição”, afirma o presidente do Sindjor/MS, Walter Gonçalves. “Quando o Haddad perdeu as eleições em 2018, ele reconheceu o resultado, desejou boa sorte ao governo eleito, ninguém contestou as urnas nem ficou ofendendo o STF, o TSE ou a imprensa”, aponta o jornalista, que coordenou os atos por justiça e por respeito à Constituição brasileira realizados no MPMS e MPF.
"Nosso objetivo é fazer valer os direitos não só dos jornalistas, mas de toda a sociedade, já que os manifestantes estão impedindo nosso direito de ir e vir em razão com o objetivo de fazer valer uma pauta golpista. Eles não respeitam a vontade da maioria dos brasileiros, que foi externada nas urnas de forma legítima no dia 30 de outubro", ressaltou.
Assinam a representação as seguintes entidades:
Associação dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania – ADJC/MS
Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul - CUT-MS
Fórum Estadual Permanente das Entidades do Movimento Negro de MS
Sindicato Campo-Grandensse de Professores - ACP
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul
Sindicato dos Radialistas de MS – Sintercom MS
Amarildo Cruz – Deputado Estadual de MS
Ayrton Araújo – Vereador em Campo Grande
Camila Bazachi Jara – Vereadora em Campo Grande e deputada federal eleita
Pedro Gonçalves Kemp – Deputado Estadual de MS
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