Dados da pesquisa “Situação das Trabalhadoras da Imprensa na América Latina e no Caribe – 2023”, com foco no Brasil, revelam que 62% das jornalistas brasileiras afirmam precisar acumular mais de um emprego para garantir a renda necessária, enquanto 48% relatam que colegas homens recebem salários superiores mesmo exercendo funções equivalentes.
Esses números expõem, de forma contundente, a desigualdade salarial e a precarização das profissionais.
Além disso, a pesquisa evidencia que 65% das entrevistadas no Brasil já sofreram violência de gênero, seja por meio de assédio moral ou sexual, e 53% tiveram seu trabalho questionado de maneira diferenciada em relação aos colegas homens, reforçando a desvalorização do trabalho feminino.
No ambiente digital, 47% das profissionais brasileiras afirmam ter sido alvo de ataques ou ameaças on-line, o que contribui para um cenário de hostilidade que pode levar ao afastamento de muitas jornalistas da profissão.
Somente 22% das jornalistas contam com protocolos ou políticas institucionais para lidar com a violência e a discriminação de gênero, enquanto 78% defendem a ampliação da participação feminina nos espaços de decisão dos sindicatos e associações.
Neste 8 de março, sob o lema “Lute como uma jornalista – Por uma mídia com igualdade de gênero e um futuro igualitário”, a FENAJ e o Sindjor MS reafirmam seu compromisso em promover mudanças concretas.
Convocamos as profissionais a se unirem e lutarem por medidas que incluam a equiparação salarial, a implementação de protocolos de proteção e o fortalecimento da representatividade feminina em todos os níveis decisórios.
Juntas, é possível construir um ambiente de trabalho seguro, justo e igualitário para todas as jornalistas.
Comissão Nacional de Mulheres Jornalistas
Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor MS)
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