sexta-feira, 8 de novembro de 2024
Sindjor MS assina Carta Manifesto dos 1.000 pela Revogação das Reformas da Previdência, Trabalhista e da Lei das Terceirizações, lançada pela Fenaj
A classe trabalhadora segue enfrentando as duras consequências das Reformas
Trabalhista e Previdenciária, que, junto com a Lei das Terceirizações, e marcadas pela ilegitimidade,
reduziram salários, retiraram direitos e atacaram as aposentadorias e pensões. A resistência
contra essas medidas foi retomada na mobilização que reuniu cerca de 20 mil trabalhadores
neste ano na Marcha a Brasília, em 22 de maio. A Reforma Trabalhista retirou inúmeros direitos da CLT (parcelamentos de férias,
flexibilização da jornada de trabalho, diminuição do descanso intrajornada, fim da
ultratividade e a retirada da homologação dos sindicatos, afetou a sustentação financeira dos
sindicatos), que eram o patamar mínimo dos contratos de trabalho.
Além disso, instituiu o negociado sobre o legislado e os acordos individuais, intensificando a
exploração dos trabalhadores e tentando desmontar as negociações coletivas, com o
objetivo direto de desestruturar acordos e convenções coletivas de trabalho. Ela ainda criou
barreiras para o trabalhador processar empresas quando tem algum direito lesado pelo
patrão.
A Lei das Terceirizações, na iniciativa privada, é usada para driblar direitos conquistados em
acordos e convenções coletivas de trabalho, rebaixando salários, aumentando a rotatividade
dos empregos e aumentando o número de trabalhadores submetidos a condições análogas
à escravidão.
No serviço público, a negativa de realizações de concursos públicos é uma consequência
imediata, que afeta também os regimes de Previdência, na medida em que trabalhadores
que se aposentam não têm a sua substituição por novos concursados. A Lei das
Terceirizações colocou no setor privado o dinheiro dos cofres públicos a serviço do lucro de
empresários e facilitou a sanha privatista de governos restritivos de direitos sociais para o
povo.
A Reforma da Previdência aumentou o tempo de contribuição e a idade para se aposentar,
além de reduzir os salários de aposentadorias e pensões. A reforma determina que o
trabalhador e a trabalhadora que começaram a pagar o INSS depois de 2019 contribuam por
40 anos. Antes, o homem contribuía por 35 anos e as mulheres por 30 anos.
Outra mudança é a implementação de idade mínima de aposentadoria: para as mulheres, de
62 anos, e para os homens, 65 anos. A Reforma da Previdência está sendo aprofundada com
a PEC 66/23 aprovada no Senado.
A PEC 66/23 fere o princípio da autonomia e discricionariedade dos entes federados, ao
autorizar a aplicação automática das regras aprovadas EC 103 (Reforma da Previdência de
Bolsonaro) nas prefeituras e Estados, que só poderão aprovar leis que aprofundem ainda
mais os ataques da já perversa reforma.
A luta pela revogação destas medidas esteve presente na motivação do voto e no próprio
discurso do candidato Lula para derrotar nas eleições de 2022 o bolsonarismo e a sua política,
mas até agora o governo não apresentou nenhuma iniciativa para que estes retrocessos
sejam revogados.
Nós, sindicalistas do setor público e privado, de todas as regiões do país, nos dirigimos neste
manifesto ao Presidente Lula, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF),
para exigir:
• a revogação da Reforma Trabalhista;
• a revogação da Reforma da Previdência;
• a revogação da Lei das Terceirizações!
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