Nota pública para resguardar direitos dos jornalistas profissionais de Mato Grosso do Sul
O Sindicato dos Jornalistas
Profissionais de Mato Grosso do Sul – Sindjor-MS recebeu na última semana, com
bastante preocupação, a informação de que profissionais da Rádio CBN Campo
Grande foram contaminados, em massa, com o novo coronavírus. A apuração e a
confirmação foram feitas imediatamente pela entidade, que solicitou à direção
da emissora, na sexta-feira (11), esclarecimentos sobre a ocorrência dos casos
que somam mais da metade da redação.
Como representante legítimo de
defesa dos direitos e interesses da categoria e dada a urgência do assunto, o sindicato
publicou, em seu site e páginas oficiais, reportagem informando a grave
ocorrência, haja vista o compromisso e a responsabilidade em garantir que
profissionais da categoria tenham os direitos resguardados, o que inclui,
naturalmente, nesse momento de pandemia, observar se todos os protocolos de
enfrentamento à covid-19 estão sendo cumpridos pelas empresas para preservar a
saúde e segurança dos profissionais.
A matéria publicada gerou
manifestações favoráveis à ação do sindicato, mas também de desconforto por
parte de algumas pessoas que julgaram e condenaram a iniciativa da entidade. Ambos
os posicionamentos foram recebidos com serenidade e respeito pela direção do
Sindjor-MS, que seguirá trabalhando firme, arduamente e com seriedade na defesa
de toda a categoria. É importante enfatizar que o sindicato vem atuando
preventivamente desde o início da pandemia, com uma série de recomendações aos
profissionais e às empresas para mitigar os casos de transmissão e contágio por
covid-19 nos veículos de comunicação e assessorias. Também monitora as medidas
adotadas pelas empresas e, em junho, viabilizou junto à Secretaria Estadual de
Saúde a testagem para todos os jornalistas da capital, que depois foi estendida
aos profissionais também do interior do estado, nos 53 municípios que compõem a
base da entidade.
Assim sendo, o Sindjor-MS mantém
o seu posicionamento de exigir dos empregadores o cumprimento das normas de
segurança recomendadas pelas autoridades de saúde. E reafirma o compromisso e a
responsabilidade de defender a categoria, que, no cenário atual, enfrenta a
baixa remuneração, a sobrecarga de trabalho, as ameaças de redução salarial e
demissões, além do risco de contrair o novo coronavírus.
Como já evidenciado, o episódio
que envolve a entidade sindical e a empresa de comunicação trata-se do exercício de representatividade do
Sindjor-MS na defesa dos direitos fundamentais da categoria previstos
constitucionalmente: a saúde, as condições dignas de trabalho, a vida.
Portanto, pedir esclarecimentos é apenas verificar a situação apresentada. Dar
conhecimento e visibilidade aos fatos checados foi o mínimo que se pôde fazer
diante da urgência caracterizada pelo número de casos confirmados na
emissora.
O momento é delicado e o sindicato
se posiciona para evitar que mais jornalistas sejam expostos ao risco. Por
isso, reforçamos, mais uma vez, a recomendação de que os veículos sigam com as
medidas de proteção, liberando parte da equipe para o teletrabalho, reduzindo
as entrevistas presenciais e coberturas externas e reforçando pontos de
higienização no local de trabalho, bem como o uso da máscara de proteção facial.
O Sindjor/MS segue à disposição para dar assistência a todo/a e qualquer
jornalista que precisar da entidade, resguardando o sigilo das fontes de
informação consultadas em qualquer material por ele divulgado.
(A Diretoria)
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