Pelo fato dos jornalistas não figurarem como grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19 no Plano Nacional da Imunização (PNI), os Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) barraram a publicação de Resolução que seria editada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) para que a categoria fosse contemplada já na próxima leva de pessoas a serem imunizadas no Estado.
Por conta disso, o titular da SES, Geraldo Resende, informou que já enviou ofícios para a Câmara Técnica do Ministério da Saúde e para o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para inclusão da categoria no plano nacional. De acordo com o Secretário, a Câmara Técnica deve se reunir já na próxima terça-feira (13) para discutir o assunto. "Vamos aguardar o resultado dessa reunião. Estamos na expectativa”, adiantou Resende.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) Walter Gonçalves diz que também está no aguardo de um parecer positivo na Câmara Técnica: “Existe uma grande expectativa da categoria em receber a vacina. A classe vive um momento muito difícil, com vários casos de infecção e mortes entre os profissionais. Por isso, é mais do que justa a inclusão dos jornalistas no PNI”.
O Sindjor-MS está também em contato com os sindicatos de jornalistas de outros Estados, bem como com a Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) para, se for o caso, iniciar uma mobilização nacional para inclusão da categoria nos grupos prioritários para receber a vacina. De acordo com levantamento da FENAJ, o Brasil é o país com maior número de jornalistas mortos pela Covid-19.
A entidade também irá realizar uma pesquisa sobre as condições de trabalho dos jornalistas do Estado durante a pandemia na próxima semana, para apresentar dados mais precisos sobre o grau de exposição à doença enfrentado no dia-a-dia profissional, quantos foram infectados pela Covid-19 e quantos tiveram que ser internados.
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