terça-feira, 15 de junho de 2021

Jornalistas promovem Dia Nacional de Luta pela vacinação da categoria


Na última quarta-feira (9), jornalistas liderados pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) se reuniram em frente ao prédio da Secretaria de Estado de Saúde (SES) para pedir a inclusão dos profissionais de imprensa no grupo prioritário na vacinação contra a Covid-19. A manifestação marcou o Dia Nacional de Luta pela Vacinação dos Jornalistas, organizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em que sindicatos de todo o país ocuparam as ruas e as redes para reivindicar a vacina para a categoria.

Vestidos de azul e com faixas da campanha nacional, profissionais da imprensa e integrantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) argumentaram com o Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, a importância de incluir jornalistas entre os grupos prioritários da vacinação. Na ocasião, foi apresentada a pesquisa realizada pela entidade que mostrou que cerca de 200 profissionais do Estado foram infectados pela Covid-19 desde o início da pandemia, causando oito mortes.


O secretário afirmou que ainda nesta semana a Coordenação do Programa Nacional de Imunização (PNI) irá se reunir para discutir a inclusão de novos grupos na campanha de vacinação, se comprometendo a fazer nova abordagem ao órgão federal para que contemple também a imprensa.

Caso o pedido seja novamente rejeitado, Resende disse que vai tentar pactuar com todas as secretarias municipais de Saúde do Estado para que abram uma exceção. A decisão seria da comissão intergestores bipartite,constituída pelos secretários dos 78 municípios dos Estado, que poderão decidir por consenso pela inclusão da categoria.

Geraldo pediu aos sindicatos que apresentem o número exato de jornalistas que precisam ser vacinados. Dos 1.300 jornalistas em Mato Grosso do Sul, alguns já receberam pelo menos a primeira dose da vacina, como os profissionais acima de 60 anos e aqueles com alguma comorbidade. A partir deste levantamento, a lista pode diminuir e facilitar a imunização da categoria.


Live 


Neste mesmo dia, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) realizou uma live, que foi transmitida também pela página do Sindjor-MS, em que forneceu os dados mais recentes sobre as mortes de profissionais da imprensa em decorrência da Covid-19. Segundo a pesquisa, somente neste ano, a média foi de uma morte por dia.

Em números absolutos, entre janeiro e 3 de junho deste ano, 155 trabalhadores da comunicação morreram, o que representa um aumento de 277% em relação ao número de óbitos registrados em 2020. Os estados com maior número de mortes foi São Paulo (27), Rio de Janeiro (24), Pará (19) e Amazonas (17).

No evento, a presidenta da FENAJ, Maria José Braga, anunciou também que a Federação e o Sindicato dos Jornalistas da Bahia entraram com uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União, pedindo a revisão do Plano Nacional de Imunização (PNI) para incluir os profissionais jornalistas.

O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT/MS) participou da live da FENAJ e apresentou o nível de tramitação de seu Projeto de Lei (PL), que propõe a inclusão da categoria no plano nacional. Ele disse que o PL está em tramitação na Comissão de Seguridade Social e é preciso pressionar os representantes da Comissão nos estados, para que o projeto seja liberado para votação no plenário.

Nogueira disse que vários parlamentares assinaram pela co-autoria do PL e ele tem certeza da aprovação da proposta assim que a mesma chegar ao plenário.

Histórico

A classe jornalística é considerada um dos serviços essenciais durante a pandemia no decreto 10.288, de março de 2020, e o Brasil é o país com o maior número de mortes de jornalistas pelo novo coronavírus no mundo, segundo levantamento da FENAJ. Por conta disso, desde o início da pandemia, os sindicatos de jornalistas têm atuado para garantir condições de trabalho adequadas aos jornalistas nesse período, e estão lutando incansavelmente para garantir a vacinação da categoria.

Após ofício encaminhado pelo Sindjor-MS, o Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende anunciou no dia 7 de abril, Dia do Jornalista, que os profissionais da imprensa iriam ser contemplados já na próxima leva de vacinas que chegassem no estado, o que tornaria Mato Grosso do Sul o primeiro estado do país a incluir jornalistas na vacinação. No entanto, o governo do Estado recuou por conta da categoria não figurar entre os grupos prioritários no PNI.

Por conta disso, o secretário enviou ofício para o PNI, solicitando essa inclusão nacionalmente, mas o pedido foi negado. No documento enviado à SES, a coordenação do órgão argumentou que a escassez na quantidade de vacinas requeria a manutenção do público-alvo já elencado, mas que a oferta poderia ser ampliada a partir do segundo semestre deste ano.

No mesmo mês, o Sindjor-MS lançou pesquisa sobre as condições de trabalho dos jornalistas durante a pandemia, a fim de levantar dados mais precisos e assim subsidiar estratégias de promoção de saúde aos profissionais. Além disso, a entidade de Mato Grosso do Sul, juntamente com o Sindicato de Jornalistas do Distrito Federal, solicitou a FENAJ, a intensificação das mobilizações, desta vez a nível nacional.

Sendo assim, a federação iniciou a campanha “Essencial é a informação”, além de promover um abaixo-assinado reivindicando a inclusão para pressionar o Congresso Federal. A FENAJ e os sindicatos de jornalistas de todo o país seguem na luta.

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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (SindJor-MS) é uma entidade representativa da categoria em âmbito estadual, com exceção de 25 cidades localizadas na região Sul do estado, sob domínio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Grande Dourados (Sinjorgran). O SindJor-MS está registrado sob o CNPJ nº 15.570.575 0001/17

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