O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Mato Grosso do Sul (Sindjor MS) manifesta seu veemente repúdio às declarações do Deputado Estadual Rafael Tavares, que recentemente solicitou o boicote ao Campo Grande News, desrespeitando princípios fundamentais da democracia e da liberdade de imprensa.
É lamentável que um representante eleito pelo povo, que
deveria zelar pela democracia e pelos princípios constitucionais, esteja
engajado em atitudes que violam a liberdade de imprensa e a integridade dos
profissionais que exercem essa nobre função. Além disso, é extremamente
preocupante que o referido deputado tenha adotado uma postura que parece
incitar a violência, indo de encontro não apenas à Constituição brasileira, mas
também ao devido processo legal.
Não é a primeira vez que o Deputado Tavares demonstra
comportamentos incompatíveis com os valores democráticos, e sua atitude de
pedir o boicote a um veículo de comunicação é um atentado contra a pluralidade
de vozes e a diversidade de opiniões que são fundamentais em uma sociedade
democrática.
Destacamos que, além de suas posições antidemocráticas, o
Deputado Tavares é conhecido por ser o primeiro condenado por crime de ódio no
País. Atos como esse, de atacar a imprensa e incentivar comportamentos que não
condizem com a Constituição, reforçam a necessidade de repúdio e a urgência em
promovermos valores de respeito, inclusão e pluralidade.
A liberdade de imprensa é um pilar essencial para o
funcionamento saudável de qualquer democracia, e repudiamos veementemente
qualquer tentativa de cerceamento desse direito fundamental. Atitudes como as
do Deputado Tavares promovem ódio, intolerância e expõem jornalistas que, de
maneira corajosa, buscam retratar a realidade de forma imparcial.
Ressaltamos que o Brasil não prevê a pena de morte em sua
legislação, e é absurdo que um membro do Poder Legislativo defenda publicamente
que mais cidadãos sejam mortos, contrariando não apenas a Constituição, mas
também os princípios dos direitos humanos.
Este tipo de comportamento é incompatível com a posição de
um servidor público e requer medidas imediatas por parte da Comissão de Ética
da Assembleia Legislativa. Defender os direitos humanos não é ser favorável ao
crime, mas sim lutar para que o combate ao crime seja feito em conformidade com
os preceitos legais.
Reiteramos nosso compromisso com a defesa dos princípios
democráticos e com a liberdade de expressão, repudiando veementemente qualquer
tentativa de ameaça à imprensa livre e independente.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do
Mato Grosso do Sul (Sindjor MS) 40 Anos
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